- 17 fev, 2023
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Depressão por redes sociais: O mal do século!
O uso das redes sociais como fonte de depressão, ansiedade e outros transtornos psicossomáticos.
Vivemos em um universo cada vez mais conectado. Com poucos toques na tela de um simples celular podemos nos comunicar com alguém do outro lado do mundo. Estamos a um clique de milhares pessoas e de uma infinidade estratosférica de conteúdos disponibilizados pela internet. Hoje as redes sociais estão cada dia mais presentes em nossas vidas, nos permitindo interagir com pessoas ao redor do planeta de uma forma jamais antes imaginada.
Mas, você sabia que o uso excessivo e descontrolado das redes sociais pode causar transtornos psicossomáticos como: Ansiedade, Pânico e principalmente Depressão?
Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, estima-se que mais de 300 milhões de pessoas, de todas as idades e sexos, sofrem com depressão em todo o mundo. A depressão também é a principal causa de incapacidade entre adolescentes e adultos, sendo o suicídio a quarta principal causa de morte entre jovens de 15 a 19 anos, geralmente, em decorrência de transtornos mentais e emocionais. E todos esses números aumentaram em 25% no período de pandemia em todo o mundo. (fonte: https://www.paho.org/pt)
Em 2017 a OMS previu que a Depressão seria a doença mais comum em 2030. Porém, isso já está acontecendo hoje, principalmente após a pandemia. Os fatores que levam a depressão são diversos, porém, já há algum tempo o uso das redes sociais tem sido associado como um dos agentes que levam, entre jovens e adultos, a depressão.
Com o avanço das tecnologias e de recursos dentro das redes sociais, temos a sensação de que podemos trazer qualquer coisa para dentro de nossas casas, e porque não dizer para dentro de nossas vidas. Mas, o que era para ser uma coisa benéfica passou a ser um problema.
Hoje as pessoas não vivem as suas próprias vidas, vivem uma ilusão do que gostariam de ser, se “inspirando” e se projetando em astros das telonas ou mesmo internautas famosos das telinhas dos aplicativos.
Comparam os palcos dessas pessoas, que postam corpos impecáveis e esculturais, relacionamentos extremamente felizes, viagens maravilhosas, vidas perfeitas e sem problemas, com os seus bastidores da vida real, cheia de problemas, sem corpo escultural, sem relacionamentos felizes e sem graça. Aí deprimem.
Sem contar que a maioria das pessoas vive uma necessidade inconsciente e, muitas vezes doentia, de “aparecer” de qualquer forma, de ter o seu “minuto de fama”, brilhando para o mundo por meio da mídia social.
Aproveitando-se dessa necessidade das pessoas, as redes sociais criam uma infinidade de opções como “filtros” que deixam tudo mais bonito, como “remix” e “trends” onde a pessoa não precisa criar, mas apenas dublar ou imitar alguém que já está fazendo sucesso nas redes, como por exemplo as famosas dancinhas que viralizaram nos aplicativos. E nesse contexto, o que mais as pessoas temem é ter a sua publicação “flopada”, ou seja, fracassada, sem visualizações. Vivem assim uma fantasia e, quando acordam para a realidade de suas vidas, caem em depressão.
E nem vamos falar aqui das possibilidades do Metaverso ou mesmo das atualmente famosas Inteligências Artificiais, que prometem realidades virtuais cada vez mais “reais”, onde você poderá ter e ser quem você quiser dentro de um mundo “totalmente virtual”. Qualquer semelhança com a matrix é mera coincidência…rs
Não quero nem imaginar onde tudo isso pode nos levar, se não pegarmos as rédeas de nossas vidas para criarmos a história que realmente queremos contar.
Maaas, isso é papo para uma outra conversa, que pode gerar longas e acaloradas discussões…rs
Como eu falava, as opções de ilusão nesse mundo virtual são muitas e as armadilhas para a DEPRESSÃO, também.
Então, a rede social é a vilã da história? Claro que não!
A rede social, seja ela qual for, é apenas uma ferramenta. E como toda ferramenta, não é ela quem faz mal, mas sim o uso que fazemos dela. Simples assim.
Nossa mente é como uma faca muito afiada, que pode ser usada para tanto esculpir belas artes, fazer deliciosas comidas ou até salvar vidas, mas também pode ser usada para ferir, machucar e até tirar vidas. E muitas vezes a principal vítima dessa “faca afiada” somos nós mesmos.
O problema não está na faca, mas sim na forma como a usamos.
Em nossa realidade real (se é que posso chamar assim) os filtros existentes são os da nossa própria percepção, muitas vezes distorcida, de nós mesmos. Aí é onde reside o problema. Eu não conseguir me ver como eu sou e, principalmente, não me aceitar assim.
ACEITAR quem somos não significa que não podemos MUDAR a nossa realidade. É justamente a aceitação de quem somos que nos dá a possibilidade de mudarmos a nossa realidade, por meio dos processos de autoconhecimento, ressignificação e transformação. E você pode fazer isso sozinho, a própria internet tem inúmeras opções, inclusive gratuitas.
Ou buscando um profissional que possa lhe ajudar nesse caminho, as vezes doloroso, as vezes difícil e demorado, mas que lhe trará resultados incríveis e ransformadores em sua trajetória de vida. Acredite!